Economia

Fed mantém juros baixos e aponta para "desaceleração" da economia dos EUA

Agência France-Presse
postado em 01/08/2012 19:40
Washington - O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) deu uma perspectiva menos animadora sobre a economia norte-americana nesta quarta-feira, dizendo que o crescimento desacelerou, e manteve suas taxas de juros baixas, sem anunciar novas medidas de estímulo.

"A atividade econômica desacelerou um pouco durante a primeira metade do ano", disse o Fed ao término de uma reunião de política monetária de dois dias. As taxas de referência se manterão entre 0 e 0,25% até o final de 2014 e o programa de recompra de bônus continuará.

Após os anúncios da reunião, Wall Street, que já vinha antecipando a falta de medidas do Fed, passou a recuar ligeiramente e fechou o dia com leves quedas, com o Dow Jones perdendo 0,25% e o Nasdaq recuando 0,66%.

O euro também apresentou recuo na sessão, operando a 1,2235 dólares às 18H45 GMT (15H45 de Brasília), contra 1,2272 antes dos comentários do Fed.

O Comitê de Política Monetária do Fed disse que espera que "o crescimento econômico permaneça moderado durante os próximos trimestres para depois avançar gradativamente".

"A taxa de desemprego (de 8,2% atualmente) baixará lentamente", disse.

O banco central norte-americano "decepcionou ao não anunciar nenhuma medida nova para estimular a economia", afirmou Chris Low, economista da FTN Financial.

O organismo não anunciou novas ações para estimular a economia, mas manteve as taxas de juros próximas de zero até o final de 2014 e se manifestou disposto a atuar.

Os níveis atuais das taxas de juros têm sido mantidos desde dezembro de 2008, como forma de estimular a recuperação através do estímulo ao investimento e ao consumo.

O comitê se mostrou também disposto a adotar novas medidas "caso seja preciso, para promover uma recuperação mais vigorosa e uma melhoria sustentada nas condições do mercado de trabalho em um contexto de estabilidade de preços".

O presidente do Fed, Ben Bernanke, e seus colegas, preferiram esperar e ver se a recente queda do ritmo da recuperação foi um tropeço ou pelo contrário, marca uma tendência, antes de adotar novas decisões.

"Este comunicado gera dúvidas sobre a possibilidade de uma nova rodada de alívio quantitativo este ano", disse Jim O;Sullivan, economista da HFE.

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