Economia

Greve dos servidores públicos retém remédios para doenças graves

Indústria farmacêutica recorre à Justiça para liberar medicamentos em portos e aeroportos. Pacientes correm risco de morte

postado em 04/08/2012 08:14
Porto seco de Anápolis está abarrotado de mercadorias perecíveis. Governo garante que tudo está sendo feito nos prazos previstos em lei
A população já começa a pagar um preço alto pela greve dos servidores públicos em setores estratégicos. Medicamentos que vêm de fora estão presos em portos, aeroportos e entrepostos comerciais, como o de Anápolis, afetando, sobretudo, o tratamento de câncer e de pacientes que precisam fazer hemodiálise. Os remédios não estão sendo liberados nos prazos previstos por técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Receita Federal. No Porto de Santos, o maior do país, os despachos de mercadorias só estão ocorrendo às segundas e às sextas-feiras.

A situação no setor de medicamentos está tão crítica, com a possibilidade de cirurgias serem suspensas, que o Sindicato da Indústria Farmacêutica (Sindusfarma) recorreu à Justiça para a liberação de mercadorias retidas. A primeira ação foi impetrada no sábado passado, contra o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Mas, apesar de a entidade ter conseguido liminar obrigando os técnicos da Anvisa a darem os laudos necessários à circulação dos remédios, nada está andando na velocidade desejada. Outras ações foram movidas ontem contra os demais aeroportos e portos.

Indústria farmacêutica recorre à Justiça para liberar medicamentos em portos e aeroportos. Pacientes correm risco de morte

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