postado em 14/08/2012 07:51
Consumidores que estão correndo às revendedoras para aproveitar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) correm o risco de perder o desconto e pagar até 10% a mais pelo carro novo. O problema é que não há veículos suficientes nas lojas. Em Brasília, a grande procura provocou a formação de filas de até 60 dias para a entrega dos automóveis, mas as concessionárias não garantem a redução do tributo para os produtos que forem faturados depois de 31 de agosto, data marcada para o fim do incentivo. A falta de mercadoria pode ainda frustrar a expectativa do governo de ver a indústria automobilística bater um novo recorde de vendas em agosto.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já declarou que não tem a intenção de prorrogar o benefício, concedido no fim de maio. Em entrevista ao Correio, publicada no domingo, Mantega disse que espera um novo recorde na comercialização de veículos neste mês ; o terceiro consecutivo. Em julho, as vendas alcançaram 351.410 unidades, um aumento de 3,01% sobre o mês anterior e de 22% em relação a julho de 2011. O volume acumulado no ano chegou a 1.983.781 carros vendidos, alta de 3% na comparação com período do ano passado. A estudante Thais Almeida Lopes, 19 anos, e seu pai, Eremildo Lopes, 48, estão pesquisando nas concessionárias para comprar um automóvel que substitua a caminhonete vendida recentemente. ;Temos o dinheiro, mas as concessionárias não têm o carro".