postado em 14/08/2012 14:25
Na semana em que as negociações com o governo federal sobre reajuste salarial para os servidores são retomadas, representantes de 22 carreiras do Executivo afirmaram estar céticos quanto a apresentação de uma proposta que atenda o pleito de reajuste salarial de 22 por cento. "É bastante possível que a proposta seja aumento (de salário) zero ou algo insuficiente à demanda", afirmou nesta terça-feira (14/8) o coordenador da União das Carreiras de Estado (UCE), Pedro Delarue. Com isso, o grupo --que inclui servidores de Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Receita Federal, Ministério do Planejamento, Tesouro Nacional, Superintendência de Seguros Privados (Susep)-- mantém a possibilidade de iniciar greve por tempo indeterminado a partir da próxima semana. "O indicativo é parar sem proposta satisfatória", acrescentou Delarue.
[SAIBAMAIS]Ele disse ainda que o Ministério do Planejamento ainda não marcou a reunião para apresentar a posição do governo sobre o reajuste às carreiras. O governo tem dito que priorizará o aumento a professores, técnicos administrativos das Universidades Federais e militares.
Outras carreiras podem ser selecionadas, dependendo da defasagem salarial, mas para categorias que receberam aumento até 2010, a intenção é deixá-las de fora da negociação.
A rodada de negociação entre o governo e os funcionários começou nesta terça-feira comandada pelo secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. Estão previstas três reuniões, entre elas representantes da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).
A UCE chegou a anunciar que era composta por 23 entidades, mas uma das categorias não aderiu ao movimento e passou a ser desconsiderada. A assessoria de imprensa da UCE não informou qual delas havia ficado de fora.