Economia

Banco pagará US$ 340 milhões para encerrar acusações sobre clientes do Irã

Agência France-Presse
postado em 14/08/2012 20:15
Nova York - O banco britânico Standard Chartered acordou nesta terça-feira (14/8) o pagamento de uma multa de 340 milhões de dólares ao estado de Nova York para terminar com as acusações de que ajudou clientes iranianos a burlar as sanções impostas pelos Estados Unidos, disseram autoridades locais.

O banco nega as acusações de que tenha escondido transações com clientes iranianos de 250 bilhões de dólares ao longo de 10 anos. Segundo o acordo, a Standard Chartered permitirá que suas transações sejam vigiadas durante dois anos e serão nomeados auditores para investigar o cumprimento das sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos.

Contudo, esse acordo não se estende a processos que forem iniciados por outros organismos reguladores, como o Departamento do Tesouro, que confirmou nesta terça-feira que continuará com sua investigação.

[SAIBAMAIS]Apesar de este acordo parecer duro, está longe de ser a pior saída possível para o banco. O Departamento de Serviços Financeiros de Nova York havia expressado suas dúvidas sobre se a entidade deveria conservar sua licença de operações, gerando especulações sobre sua permanência neste importante mercado, centro da atividade financeira mundial.

Segundo os resultados do primeiro semestre do ano, a Standard Chartered não terá problemas de liquidez para fazer frente ao pagamento, já que registrou ganhos de 3,950 bilhões de dólares.

O maior prejuízo para a entidade, no entanto, pode ser o dano a sua reputação, dizem analistas. O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), por sua vez, disse que continua trabalhando com outras agências para uma resolução abrangente.

Na última década, os Estados Unidos e seus aliados têm imposto sanções contra os bancos iranianos, instituições e indivíduos para tentar parar o programa nuclear do país.



Com a proximidade das eleições nos EUA, em novembro, muitos têm pressionado o presidente Barack Obama, candidato à reeleição, para que tome medidas mais intensas com relação à questão do programa nuclear iraniano.

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