postado em 20/08/2012 07:57
Diante do pífio desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), cujo crescimento o próprio governo já admite poder ficar abaixo dos 2% em 2012, os varejistas colocaram as barbas de molho. Em vez de começar a fazer as encomendas para o Natal em julho, como acontece normalmente, eles adiaram os pedidos para ver como a economia se comportará no segundo semestre. Analistas, no entanto, são pessimistas em relação à possibilidade de que o nível da atividade se recupere a ponto de assegurar um fim de ano melhor do que o de 2011. Esse é mais um indicador, entre muitos, de que a indústria brasileira terá (muita) dificuldade de reverter o péssimo resultado verificado na primeira metade do ano, quando a produção recuou 3,8%.
;Para não tomarmos nenhuma decisão precipitada, vamos esperar a reação da economia para então pensar nas vendas de dezembro;, destaca o vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Whirlpool Latin America, Armando Ennes do Valle Júnior. O executivo da empresa dona das marcas Brastemp, Consul e KitchenAid ressalta que a indústria ficaria satisfeita se o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos eletrodomésticos permanecesse reduzido para salvar as vendas de fim de ano de ficarem negativas, como quase ocorreu em 2011, ano em que a companhia registrou zero de crescimento.