Economia

Franceses cobram soluções para efeitos da crise econômica internacional

postado em 20/08/2012 09:58
Há 100 dias no poder, o presidente da França, François Hollande, é cobrado pelos franceses para enfrentar de maneira mais ostensiva os efeitos da crise econômica internacional. Eleito em maio com 51,62% contra 48,38% do então presidente Nicolas Sarkozy, que tentava a reeleição, a vitória de Hollande ainda gera expectativas devido ao seu slogan de campanha Mudança.

Ao longo dos mais de três meses, Hollande reduziu em 30% seu salário e dos ministros, aumentou o salário mínimo e alguns benefícios sociais, assim como limitou a remuneração dos gestores de empresas públicas. Também anunciou que, a partir de 2013, os casais homossexuais poderão casar e adotar crianças.

Porém, os franceses passaram a cobrar do governo Hollande soluções para a crise que atinge principalmente os países da zona do euro. A expectativa é que o presidente francês busque alternativas para reduzir a dívida e o déficit público, além de evitar a redução da industrialização no país. Nos próximos dias, as preocupações do governo deverão se voltar para as contas de 2013 com o desafio de enfrentar a estagnação da economia francesa e as perspectivas de recessão, conforme análise feita pelo Banco da França.

[SAIBAMAIS]O governo reviu para baixo as previsões de crescimento econômico. A expectativa de crescimento é 0,3% contra os 0,4% previstos antes. Para 2013, deve ser 1,2% contra a previsão inicial de 1,7%. Se as estimativas do Banco da França se confirmarem, o governo terá que voltar a rever esses dados. Uma nova revisão implicará na adoção de medidas de ajustes econômico e financeiro.



Para o analista Bruno Cautrés, do Instituto de Estudos Políticos de Paris, nos primeiros cem dias do governo, Hollande tomou ;medidas simbólicas;. ;Se, por um lado, ele tomou algumas decisões extremamente simbólicas, que dão a ideia que cumpre seu programa [como a redução dos salários do Executivo, reajuste do mínimo e mudanças nos benefícios sociais] , por outro, temos a sensação de que não entramos no âmago das questões de governo;, disse Cautrés.

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