Agência France-Presse
postado em 22/08/2012 15:56
Washignton-O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), poderá adotar novas medidas de estímulo em breve, caso persista a desaceleração econômica, de acordo com informações contidas na ata de sua última reunião, publicada nesta quarta-feira (22/08)."Vários membros (da direção do Fed) consideram pertinente a implementação de medidas adicionais de flexibilização monetária em breve, a menos que haja informações quanto a um fortalecimento substancial e sustentável do ritmo da recuperação econômica", de acordo com um trecho da ata da reunião de 31 de agosto.
O resumo da reunião indica que "vários membros notaram o benefício que seria gerado pelo acúmulo de dados adicionais que ajudassem a clarear as perspectivas da atividade econômica e da inflação, assim como a necessidade de medidas adicionais" de estímulo à economia norte-americana.
Desde o início de agosto, os indicadores econômicos dos Estados Unidos, assim como as cifras da atividade manufatureira, os preços ao consumidor, de moradias e outros dados, têm sido díspares e os economistas estimam que o ritmo atual de crescimento se situe entre 1,9 e 2% em projeção anual. Em julho, a taxa de desemprego subiu para 8,3%.
Com este ritmo de expansão, os membros do Comitê de Política Monetária do Fed (FOMC) se mostraram preocupados com a capacidade de recuperação da economia.
"Muitos dos membros veem o alto grau de incerteza sobre o possível efeito de contágio da crise fiscal e bancária na zona do euro contido no gasto das empresas e dos consumidores", afirma o documento.
Já o economista Michael Gregory, da BMO Capital Markets, disse que a ata do Fed mostra uma falta de unanimidade com relação à situação econômica nos Estados Unidos e expressou dúvidas quanto à ideia de que o Fed esteja a ponto de lançar um novo plano de alívio quantitativo na próxima reunião de 12 e 13 de setembro.
A situação, no entanto, pode evoluir até o próximo encontro do FOMC. Muitos analistas esperam o discurso de 31 de agosto do presidente do Fed, Ben Bernanke, em Jackson Hole (Wyoming) para obter uma ideia melhor dos rumos da política monetária.
Com esse cenário, Wall Street fechou sem uma tendência clara: o Dow Jones caiu 0,23% e o Nasdaq subiu 0,21%.
Já o dólar perdia terreno ante o euro e às 18H40 GMT (15h40 de Brasília) operava a 1,2530 dólar por euro, contra 1,2470 dólar por euro na terça-feira às 21h GMT (18h de Brasília).