Economia

Presidente da Câmara defende corte de ponto de servidores públicos em greve

postado em 23/08/2012 14:21
O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), defendeu nesta quinta-feira (23/8) o corte de ponto dos servidores públicos que estão em greve em todo o país. Para Maia, o governo tem agido corretamente ao negociar com os trabalhadores, mas também não efetuar o pagamento daqueles que estão parados.

;O servidor em greve rompeu com seu contrato, está reivindicando. Não é justo em nenhuma paralisação que elas se deem com o trabalhador recebendo o salário na integralidade. Na iniciativa privada não é assim. O mesmo modelo deve servir para os servidores públicos;, disse.

Mesmo defendendo o direito de greve dos trabalhadores, Marco Maia, que já foi dirigente sindical, avaliou que o corte de ponto é uma medida necessária. ;As greves que são realizadas pelos servidores públicos brasileiros são legítimas. Todo o trabalhador tem o direito de reivindicar, buscar melhorar sua condição de trabalho e sua situação salarial. O governo está agindo certo ao sentar para negociar, discutir com os servidores
caminhos que resolvam suas reivindicações, mas, ao mesmo tempo, sendo duro na cobrança da responsabilidade e de comportamento republicanos dos grevistas;, frisou.

[SAIBAMAIS]Em relação à confrontos entre grevistas e policiais, o presidente da Câmara avaliou que o processo de negociação, que dura mais de dois meses, está transcorrendo de forma ;normal; e ;natural;. ;Reivindicações, mobilizações e paralisações no Brasil são naturais. Conquistamos isso a duras penas. Hoje o Brasil é um país democrático e é normal que tenha liberdade de expressão, de imprensa e de organização sindical e aconteçam manifestações dessa natureza. Há um caso ou outro de exagero, mas que também faz parte do processo.;



De acordo com o presidente da Câmara, todos os acordos firmados entre o Executivo e os trabalhadores serão aprovados pela Casa durante a análise do Orçamento da União, que deve ser enviado pelo governo ao Congresso até o dia 31. ;Do ponto de vista da Câmara, vamos trabalhar para aprovar aquilo que for acertado entre o governo e os sindicatos. O que chegar à Câmara, de forma acordada, será aprovado pelo Parlamento. Aquilo em que não houver acordo, vamos procurar ajudar para que aqui na Câmara possa se construir esse entendimento.;

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