Economia

Montadoras se comprometem a manter empregos e repassar redução de IPI

postado em 29/08/2012 19:41
A redução tributária na venda de veículos deu impulso forte ao setor, que atualmente vende 16,6 mil carros por dia, em média, de acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Esses números animaram o governo a manter a desoneração do setor por mais dois meses, uma vez que a indústria automobilística se compromete a manter o nível de empregos e a repassar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o consumidor.

Segundo Mantega, o governo acompanha com atenção os preços de mercado, nos casos de produtos que gozam algum tipo de subsídio fiscal, e ;pudemos observar;, disse ele, que nos últimos seis meses os preços dos automóveis estão em média 4,5% mais baratos. Isso não condiz, porém, com os preços internacionais, que são bem mais baratos, mas o ministro ressaltou que o governo continuará a adotar medidas para a redução de custos e espera que ;um dia os brasileiros tenham oportunidade de pagar aqui preços equivalentes aos cobrados lá fora;.

Além do benefício para o setor automotivo, o ministro anunciou desoneração também para os produtos da linha branca (fogões, geladeiras, máquinas de lavar), móveis, bens de capital (máquinas, equipamentos, caminhões e implementos agrícolas), material de construção e depreciação acelerada dos bens de capital usados. No todo, a equipe econômica estima renúncia fiscal de R$ 1,2 bilhão neste ano e de R$ 3,9 bilhões no ano que vem, uma vez que os subsídios para bens de capital e material de construção valem até 31 de dezembro de 2013.


Em resposta à cobrança de medidas adicionais para dimunuir os efeitos da "guerra comercial" com o mercado externo, Mantega lembrou que os carros de fabricação estrangeira já pagam 30% de Imposto de Importação e o governo continua adotando medidas para reduzir os custos de produção e tornar os preços dos produtos brasileiros mais competitivos. Ele destacou, contudo, que o problema comercial é derivado da crise internacional e quem tem mercado, como o Brasil, sofre assédio dos outros mercados. "É uma guerra pesada, mas vamos melhorar", disse.

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