Economia

Merkel e Monti elogiam os avanços das reformas econômicas na Itália

Agência France-Presse
postado em 29/08/2012 20:41
Berlim - A chanceler alemã Angela Merkel e o chefe do governo italiano Mario Monti elogiaram nesta quarta-feira (29/8) os avanços da Itália na aplicação de suas reformas econômicas, depois de uma reunião em Berlim.

"A ampla consolidação e a agenda reformista do governo italiano são impressionantes (...) e pessoalmente estou convencida de que este reforço reformista dará frutos", afirmou Merkel. "Creio que precisamos seguir juntos neste caminho", acrescentou.

Monti, por sua vez, afirmou que mercados financeiros estão começando a reconhecer as medidas aplicadas na Itália para reduzir o déficit, exigindo juros menores nas emissões de dívida. "Os mercados estão reconhecendo os êxitos essas medidas", afirmou Monti junto a Merkel.

Horas antes, o Tesouro italiano captou nove bilhões de euros a seis meses com taxas em forte alta.

Indagados sobre a possibilidade de a Itália recorrer a um resgate, Merkel contestou que não há nada de concreto sobre a mesa.

"Falamos do fato de que o Banco Central Europeu está preparando decisões. Conhecemos nossos fundos (de resgate), o FEEF e o MEDE, e nos sentimos bem equipados politicamente", afirmou Merkel.

Os dois dirigentes se mostraram divergentes sobre a possibilidade de conceder uma licença bancária ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE), o futuro fórum permanente de resgae da Zona Euro, que lhe permitiria pedir dinheiro emprestado ao BCE depois emprestá-lo aos países em apuros.

Merkel citou o presidente do instituto emissor, Mario Draghi, para dizer que essa licença não é compatível com os Tratados da UE. "Essa também é minha convicção", enfatizou.



Monti, em compensação, disse que a licença bancária, que daria ao MEDE meios financeiros muito maiores, é concebível dentro de um amplo pacote de medidas em longo prazo.

Monti descartou de novo que seu país, a terceira maior economia da Eurozona, vá pedir um resgate financeiro, como já fizeram Grécia, Portugal, Irlanda e Chipre.

"Com os esforços que a Itália fez e os resultados obtidos, não quero que o país seja submetido a uma espécie de supervisão intrusiva, como os outros países que tiveram de pedir ajuda para equilibrar seus orçamentos", afirmou Monti.

Indagada sobre se haviam abordado a possibilidade de a Itália pedir um resgate, Merkel afirmou que, sobre a mesa, não há nada de concreto.

"Falamos do fato de que o Banco Central Europeu está preparando decisões. Conhecemos nossos fundos (de resgate) e nos sentimos bem equipados politicamente", enfatizou.

Os dois dirigentes se mostraram, no entanto, divergentes quanto a possibilidade de conceder uma licença bancária ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE), o futuro fundo permanente de resgate da Zona Euro, que permitiria pedir dinheiro emprestado ao BCE para depois emprestá-lo aos países em apuros.

Merkel citou o presidente do instituto emissor, Mario Draghi, para dizer que esta licença não é compatível com os Tratados da UE", e acrescentou que esta também é sua convicção.

Monti, em compensação, disse que a licença bancária, que daria ao MEDE meios financeiros muito maiores, é concebível dentro de um amplo pacote de medidas em longo prazo.

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