postado em 30/08/2012 12:43
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira (30/8) que ; apesar da redução da taxa de juros, a Selic, de 8% para 7,5% ao ano, anunciada nessa quarta-feira (29/8) pelo Banco Central ; os bancos ainda cobram uma taxa de juros inadequada. Segundo ele, no entanto, com a diminuição da Selic, o Brasil atinge um patamar ;quase civilizado; da taxa básica de juros, o que a coloca em um patamar mais adequado para estimular a produção no país.[SAIBAMAIS];Essa mudança de patamar de juros causa impacto extraordinário na economia brasileira, uma mudança estrutural profunda que vai fazer com que a produção seja privilegiada em relação à aplicação brasileira. Você canaliza a poupança do país para a produção;, disse o ministro ao participar da 39; reunião do pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto.
Segundo o ministro, a redução da taxa de juros é a boa notícia e a má notícia é que a queda do spread não atingiu os níveis esperados. ;Houve também queda do spread, porém, ainda não estamos com uma taxa de juros adequada praticada pelos bancos de modo que possa estimular o consumo;, disse. Para Mantega, a economia brasileira começa se aquecer e a prioridade do governo é aumentar o nível de investimentos do país, sobretudo em infraestrutura.
O ministro da Fazenda iniciou o discurso na reunião dizendo que a situação da economia internacional continua ruim. Segundo ele, os países avançados permanecem ;empurrando com a barriga; seus problemas e o cenário não será resolvido a curto prazo. ;Em termos de gravidade, o que está acontecendo em 2012 é pior do que o que estava acontecendo em 2009. Estamos em uma fase pior da crise do que estávamos em 2008, em 2009. É uma crise mais prolongada que tem causado mais danos.;
Ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) fez a nona redução consecutiva da Selic. Após a reunião em que foi decidida a queda a taxa básica de juros, os diretores do BC divulgaram nota informando que optaram, por unanimidade, manter a política de afrouxamento do processo monetário.