Economia

Bancários, petroleiros, metalúrgios e carteiros deixam governo sob alerta

Vera Batista
postado em 06/09/2012 08:42
Policiais em greve por reajuste salarial carregaram em passeata o instrumento, usado para um concerto em frente ao Ministério da Justiça
O governo voltou a acender o sinal de alerta. Depois de se livrar da pressão dos servidores públicos federais, que atormentaram o país com uma greve que ainda acarreta prejuízos ao país, começa a prever problemas provocados por categorias profissionais poderosas que estão em fase de negociação salarial. Fortalecidas, elas exigem ganhos reais (acima da inflação) de até 10%, ameaçam cruzar os braços e rejeitam as propostas das empresas. São os casos de bancários, petroleiros, carteiros, químicos e metalúrgicos, com datas-base marcadas para os próximos três meses. A orientação da presidente Dilma Rousseff é acompanhar os movimentos com lupa, porque ela não quer ver uma nova rodada de greves e de desconforto para a sociedade, sobretudo em relação a funcionários do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, da Petrobras e dos Correios.

Pauta destravada
Para tentar contornar eventuais transtornos, o Palácio do Planalto consultou a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Recebeu o recado de que não será fácil conter os ânimos, se as empresas resistirem. Ontem, o presidente da Central, Vagner Freitas, encontrou-se com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, além de lideranças de vários partidos políticos. Objetivo: destravar a pauta de negociações com o governo e levar à votação vários projetos de interesses das centrais que estão parados no Congresso.



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