Economia

Desembolsos do BNDES caem 2%, porém expectativa é de crescimento no ano

postado em 06/09/2012 16:26
Rio de Janeiro ; O volume de empréstimos e investimentos liberados pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve queda de 2% nos primeiros sete meses do ano em comparação ao mesmo período do ano passado, passando de R$ 69,3 bilhões para R$ 67,9 bilhões. O banco manteve, no entanto, a expectativa de crescimento do desembolso anual em cerca de R$ 10 bilhões ; que deve saltar de R$ 139 bilhões, em 2011, para aproximadamente R$ 150 bilhões, em 2012.

;Os primeiros indícios estão apontando para uma retomada do crescimento no segundo semestre;, disse hoje (6) o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Segundo ele, está ocorrendo uma retomada da demanda por bens de capital, o que pode puxar os investimentos e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), apesar do cenário internacional pouco favorável.

;Na medida em que nesse primeiro semestre do ano de 2012 que teve uma desaceleração mais marcante da economia mundial, é natural que a demanda por exportações brasileiras tenha caído, porque todo o resto do mercado esfriou um pouco. Esse esfriamento do mercado internacional se refletiu na nossa exportação. Por outro lado, o nosso mercado interno segurou o crescimento;, explicou.

A expectativa de melhora nos desembolsos no segundo semestre é sustentada, segundo Coutinho, por avanços nas consultas, enquadramentos e aprovações por novos financiamentos (os três estágios anteriores à liberação de recursos para empresas) em relação a igual período de 2011. Houve alta de 34% nas consultas por empréstimos, 22% no enquadramento e 2% nas aprovações.

;Saímos do fundo do poço. O desembolso ainda está empatado, com ligeira queda. Nós esperamos que ela vá zerar [queda] ou virar positiva com o resultado de agosto;, comentou Coutinho.

[SAIBAMAIS]O presidente apontou o esforço do banco e do Conselho Monetário Nacional (CMN) no sentido de aumentar os investimentos nacionais, com ênfase na emissão de debêntures (títulos de investimento de médio e longo prazo) e na queda das taxas de juros nos empréstimos por meio do Programa de Sustentação do Investimento (PSI).


;Estamos confiantes de que estas medidas propiciarão a retomada do crescimento. Ao longo de 2013 e 2014, todas as iniciativas de suporte abrirão uma avenida para a recuperação e o aumento dos investimentos;, disse Coutinho. Atualmente, a taxa de investimento no país responde por cerca de 18% do PIB. O BNDES trabalha com um cenário ideal de 20%.

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