Nova York - Os preços dos contratos futuros de petróleo terminaram em leve alta nesta quinta-feira (6/9) em Nova York, impulsionados por um recuo maior que o esperado das reservas nos Estados Unidos e pelo anúncio de medidas por parte do Banco Central Europeu (BCE).
[SAIBAMAIS]O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em outubro ganhou 17 centavos de dólar no New York Mercantile Exchange (Nymex), a 95,53 dólares.
Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para a mesma data fechou em alta de 40 centavos, a 113,49 dólares.
As cifras semanais das reservas de petróleo publicadas pelo Departamento de Energia (DoE) mostraram uma queda, o que sempre afeta os preços, explicou James Williams, da WTRG Economics.
As reservas caíram 7,4 milhões de barris na semana encerrada no dia 31 de agosto a 357,1 milhões de barris, enquanto os analistas consultados pela agência Dow Jones Newswires apostavam em uma queda de 5,6 milhões de barris.
Os preços foram especialmente afetados pelo furacão Isaac que atingiu, na semana passada, o Golfo do México, provocando a suspensão das atividades durante vários dias, o que afetou 90% da produção americana de petróleo, com o fechamento de nove refinarias.
O restabelecimento das operações continuou sendo progressivo e na quinta-feira às 16h30 GMT (13h30 de Brasília), 43% da produção na área não tinha sido retomada.
Os preços também foram impulsionados pela preocupação dos operadores sobre novas tempestades na área.
As cotações do petróleo também subiram depois "do anúncio de um programa de compra de obrigações na Europa", realizado nesta quinta-feira pelo presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, disse Williams.
Depois deste anúncio, "o mercado está um pouco mais otimista sobre a recuperação da economia europeia", acrescentou Williams.
Os dados econômicos positivos da economia norte-americana também influenciaram a alta dos preços do petróleo.
Segundo o indicador de emprego ADP, as contratações no setor privado subiram nos Estados Unidos e a atividade no setor dos serviços, medida pelo índice de diretores de compra (ISM), acelerou seu crescimento em agosto.