Economia

Espanha quer conhecer as condições antes de pedir um resgate

Agência France-Presse
postado em 07/09/2012 10:34
Pafos - A Espanha quer conhecer as condições a que terá de se submeter antes de pedir um resgate, assinalou nesta sexta-feira o chanceler espanhol José Manuel García Margallo, que pediu que as medidas anunciadas pelo Banco Central Europeu sejam colocadas em prática com rapidez.

"É preciso saber as condições, analisá-las e decidiremos , afirmou o chancler em Pafos, um balneário exclusivo no Chipre, onde está reunido com seus colegas da União Europeia. "O fato de que apenas algumas palavras devolveram a calma demonstra que é isso que é preciso fazer, que só faltava coragem e decisão política", disse ainda.

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou na quinta-feira compras ilimitadas de bônus da dívida soberana com vencimentos entre um e três anos de países da Zona Euro que fizerem essa solicitação, sob estritas condições, para enfrentar uma crise que paralisa a região e preocupa o mundo todo.

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A medida, anunciada pelo presidente da instituição, Mario Draghi, foi recebida com fortes altas nas bolsas e com uma redução das taxas através das quais são negociadas as dívidas dos países mais golpeados pela crise, como Espanha e Itália.

[SAIBAMAIS]No fechamento, Madri terminou com forte alta, de 4,91%, e Milão registrou ganho de 4,31%. Londres subiu 2,11% com relação ao fechamento da véspera, Paris avançou 3,06% e Frankfurt subiu 2,91%.

No mercado da dívida, as taxas dos bônus espanhóis a 10 anos caíam a 6,030% às 16H00 GMT (contra 6,409% no fechamento) e as de Itália estavam a 5,261% (contra 5,514%).

A iniciativa visa precisamente o combate ao forte diferencial entre as taxas exigidas pelos mercados a esses países e as pagas por aqueles que ostentam economias mais sólidas, como Alemanha.

O programa de compra de dívida, batizado "Outright Monetary Transactions" (OMT, Transações Monetárias Diretas), foi lançado devido às "perturbações graves observadas no mercado da dívida pública que provêm de temores infundados por parte dos investidores sobre a reversibilidade do euro", disse Draghi.

As condições evocadas para ativar essas intervenções supõem que haja um pedido formal por parte dos interessados.

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