Economia

Petróleo fecha em alta em Nova York a US$ 96,42 o barril

Agência France-Presse
postado em 07/09/2012 18:55
Nova York - Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira (7/9) em Nova York, em um mercado que aposta em uma intervenção do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos, Fed) a curto prazo, depois dos decepcionantes dados de emprego nos Estados Unidos.

O barril de "light sweet crude" (WTI) com entrega em outubro subiu 89 centavos em relação ao fechamento de quinta-feira no New York Mercantile Exchange (Nymex), a 96,42 dólares. Em Londres, o barril de Brent do mar do Norte com o mesmo vencimento, operado no Intercontinental Exchange (ICE), fechou a 114,25 dólares, com alta de 76 centavos em relação ao fechamento de quinta-feira.

Os investidores "esperavam melhores dados sobre os empregos", disse Matt Smith, da Summit Energy.



Depois de um trimestre em alta, a taxa oficial de desemprego nos Estados Unidos voltou, em agosto, a 8,1%. Esta queda se deve principalmente à redução da população economicamente ativa, já que a economia norte-americana criou apenas 96.000 empregos em agosto, ou seja, 32% a menos que em julho. Contudo, na quinta-feira a pesquisa mensal da ADP tinha projetado altas expectativas, anunciando uma forte alta das contratações no setor privado em agosto.

[SAIBAMAIS]Quando a administração divulgou dados oficiais que refletem o tema da persistente desaceleração da economia norte-americana, "o mercado, a princípio, caiu", disse Smith.

Pouco a pouco, contudo, "surgiu a perspectiva de um eventual novo estímulo" à economia pelo Fed, o que fez os preços subirem, acrescentou o analista. As medidas do banco central norte-americano consistem habitualmente em injeções de liquidez no sistema financeiro, que favorece as compras de ativos de baixo risco e mais rentáveis, como as matérias-primas.

Os rumores persistentes sobre uma possível utilização das reservas de petróleo norte-americano não foram suficientes para frear o aumento dos preços.

Depois do anúncio de quinta-feira de uma queda acentuada das reservas de petróleo nos Estados Unidos, "o governo se preocupa com a alta dos preços da gasolina a poucas semanas das eleições e pode utilizar esse meio para atenuar o aumento que afeta os consumidores", afirmou Andy Lipow, de Lipow Oil Associates.

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