Agência France-Presse
postado em 09/09/2012 17:19
Paris - O presidente francês, François Hollande, em queda nas pesquisas de opinião na França, rejeitou neste domingo (9/9) a crítica sobre sua inação, anunciando uma recuperação da economia em dois anos e prometendo reverter a curva do desemprego em um ano.
"Vou fazer, em quatro meses, o que os meus antecessores fizeram em cinco ou dez anos", comentou Hollande durante discurso no canal de televisão TF1, enquanto seus opositores não param de lembrar o ativismo de seu antecessor, Nicolas Sarkozy.
"O CAP é a recuperação da França", disse. "Vou fixar uma agenda de recuperação: dois anos. Dois anos para implementar uma política de emprego, para a competitividade e a recuperação das contas públicas", acrescentou.
Desde que assumiu o cargo, "o governo não perdeu tempo e agiu rapidamente", garantiu o chefe de Estado. Ele se justificou fazendo referência a "uma elevada taxa de desemprego, uma competitividade deteriorada, enormes déficits e um endividamento histórico".
François Hollande também mostrou sua determinação em combater o desemprego. "Temos de inverter a curva do desemprego dentro de um ano", disse. Na França, a taxa de três milhões de desempregados foi ultrapassada recentemente.
O desafio é convencer que ele é o homem da "mudança imediata" - seu slogan de campanha - e não o da estagnação, como acusam a direita, a imprensa e até a esquerda.
Preocupada com o aumento da taxa de desemprego (quase 10%) e angustiada com o lento crescimento de uma Europa afundada na crise (da recessão na Itália e Espanha e até da desaceleração na Alemanha), a opinião pública é intolerante.
Durante seus primeiros meses no Eliseu, François Hollande aumentou o salário mínimo e alguns benefícios sociais e voltou atrás nas medidas mais impopulares de Nicolas Sarkozy, o aumento dos impostos e da idade para aposentadoria.
Contudo, sua queda nas pesquisas se confirma. Segundo a última pesquisa realizada pela BVA, publicada neste domingo pelo jornal Le Parisien, quase seis em cada dez franceses não estão satisfeitos com o início do mandato de cinco anos, acreditando que o chefe de Estado não fez o suficiente. "Os franceses também duvidam de sua capacidade de mudar as coisas", analisa o vice-diretor geral da BVA, Ga;l Sliman.
François Hollande ouviu a mensagem domingo à noite e disse: "Vocês dizem que temos de acelerar. Eu acelero".
O foco está no fechamento do orçamento de 2013, com o objetivo de reduzir o déficit público para 3% do PIB, em cumprimento com os compromissos europeus, para os quais precisam encontrar pelo menos 30 bilhões de euros em economias ou aumento de impostos.
Ele prometeu a este respeito que o Estado não irá gastar "um euro a mais em 2013 do que 2012".
Hollande explicou que dos 30 bilhões de euros necessários para equilibrar o orçamento, "10 bilhões de euros" vêm "de casa", 10, das grandes empresas e outros 10, do orçamento do Estado.
O projeto de Lei das Finanças 2013 será feito com base em uma previsão de crescimento "realista", ou seja, "provavelmente de 0,8%", acrescentou.
Sobre o imposto de 75% sobre os lucros superiores a 1 milhão de euros que quer colocar em prática - uma medida "irresponsável" para seus oponentes que argumentam que ela pode fazer o capital fugir para o exterior -, assegurou que implementaria "sem exceções".
O debate foi reavivado no sábado com a revelação de um pedido de naturalização depositado em Bruxelas pelo mais rico dos franceses, o dono do império de luxo LVMH, Bernard Arnault.
"Ele precisa pensar muito bem no que significa pedir outra nacionalidade, porque temos orgulho de sermos franceses", comentou François Hollande com gravidade.
"Vou fazer, em quatro meses, o que os meus antecessores fizeram em cinco ou dez anos", comentou Hollande durante discurso no canal de televisão TF1, enquanto seus opositores não param de lembrar o ativismo de seu antecessor, Nicolas Sarkozy.
"O CAP é a recuperação da França", disse. "Vou fixar uma agenda de recuperação: dois anos. Dois anos para implementar uma política de emprego, para a competitividade e a recuperação das contas públicas", acrescentou.
Desde que assumiu o cargo, "o governo não perdeu tempo e agiu rapidamente", garantiu o chefe de Estado. Ele se justificou fazendo referência a "uma elevada taxa de desemprego, uma competitividade deteriorada, enormes déficits e um endividamento histórico".
François Hollande também mostrou sua determinação em combater o desemprego. "Temos de inverter a curva do desemprego dentro de um ano", disse. Na França, a taxa de três milhões de desempregados foi ultrapassada recentemente.
O desafio é convencer que ele é o homem da "mudança imediata" - seu slogan de campanha - e não o da estagnação, como acusam a direita, a imprensa e até a esquerda.
Preocupada com o aumento da taxa de desemprego (quase 10%) e angustiada com o lento crescimento de uma Europa afundada na crise (da recessão na Itália e Espanha e até da desaceleração na Alemanha), a opinião pública é intolerante.
Durante seus primeiros meses no Eliseu, François Hollande aumentou o salário mínimo e alguns benefícios sociais e voltou atrás nas medidas mais impopulares de Nicolas Sarkozy, o aumento dos impostos e da idade para aposentadoria.
Contudo, sua queda nas pesquisas se confirma. Segundo a última pesquisa realizada pela BVA, publicada neste domingo pelo jornal Le Parisien, quase seis em cada dez franceses não estão satisfeitos com o início do mandato de cinco anos, acreditando que o chefe de Estado não fez o suficiente. "Os franceses também duvidam de sua capacidade de mudar as coisas", analisa o vice-diretor geral da BVA, Ga;l Sliman.
François Hollande ouviu a mensagem domingo à noite e disse: "Vocês dizem que temos de acelerar. Eu acelero".
O foco está no fechamento do orçamento de 2013, com o objetivo de reduzir o déficit público para 3% do PIB, em cumprimento com os compromissos europeus, para os quais precisam encontrar pelo menos 30 bilhões de euros em economias ou aumento de impostos.
Ele prometeu a este respeito que o Estado não irá gastar "um euro a mais em 2013 do que 2012".
Hollande explicou que dos 30 bilhões de euros necessários para equilibrar o orçamento, "10 bilhões de euros" vêm "de casa", 10, das grandes empresas e outros 10, do orçamento do Estado.
O projeto de Lei das Finanças 2013 será feito com base em uma previsão de crescimento "realista", ou seja, "provavelmente de 0,8%", acrescentou.
Sobre o imposto de 75% sobre os lucros superiores a 1 milhão de euros que quer colocar em prática - uma medida "irresponsável" para seus oponentes que argumentam que ela pode fazer o capital fugir para o exterior -, assegurou que implementaria "sem exceções".
O debate foi reavivado no sábado com a revelação de um pedido de naturalização depositado em Bruxelas pelo mais rico dos franceses, o dono do império de luxo LVMH, Bernard Arnault.
"Ele precisa pensar muito bem no que significa pedir outra nacionalidade, porque temos orgulho de sermos franceses", comentou François Hollande com gravidade.