postado em 13/09/2012 09:22
Rio de Janeiro - Os agentes federais no Rio responsáveis pelos serviços de análise e inteligência decidiram nessa quarta-feira (12/9) aderir à greve da Polícia Federal (PF), que dura 36 dias."Com a entrada dos agentes, responsáveis pela escuta telefônica que dá suporte às principais operações desencadeadas pela PF, a greve se fortalece ainda mais, uma vez que ficam paralisadas também as operações de combate aos crimes financeiros e desvios de verbas públicas", disse o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Telmo Correa.
Correa disse que a greve no Rio permanece com forte adesão e apenas 30% do efetivo estão sendo mantidos em serviços essenciais, como emissão de passaportes em regime de emergência e escolta de presos de alta periculosidade. As investigações estão paradas e desde hoje também foram paralisadas as atividades de análise de inteligência das grandes operações da PF deflagradas no estado.
[SAIBAMAIS]Os policiais federais em greve farão uma campanha de doação de alimentos e artigos de higiene na próxima sexta-feira (14/9) em frente à sede da Superintendência Regional da PF, na Praça Mauá, zona portuária do Rio. A coleta também deverá se estender às delegacias especializadas que funcionam em diversos municípios do estado. A decisão da realização da campanha foi tomada durante assembleia na tarde de hoje.
Os escrivães, papiloscopistas e agentes da PF pedem reestruturação da carreira, equiparação salarial a cargos como auditor da Receita Federal e de oficial da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e realização de novos concursos públicos. A categoria já havia rejeitado o reajuste salarial proposto pelo governo de 15,8%, o mesmo percentual oferecido, e aceito, pela grande maioria dos servidores públicos federais, " A nossa questão não é por aumento de salário, mas de reconhecimento das atribuições que já exercemos na prática. Queremos que o governo envie um projeto de lei, já pronto, para votação no Congresso Nacional em regime de urgência", disse Correa.