Economia

Hillary Clinton pede aumento dos impostos para os ricos dos Estados Unidos

Agência France-Presse
postado em 24/09/2012 15:59

Nova York - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, entrou pela primeira vez, nesta segunda-feira (24/9), na campanha eleitoral dos Estados Unidos abordando um tema polêmico e central: os impostos às altas receitas.

"Um dos temas que propus abordar em todo o mundo são os ônus equitativos, especialmente às elites de todos os países", disse Clinton em uma coletiva em Nova York.

Em um fórum realizado durante a Assembleia Geral da ONU, a secretária de Estado arrancou algumas gargalhadas quando disse: "Vocês sabem que estou desligada da política americana, mas é fato, em todo o mundo, que as elites de todos os países estão fazendo dinheiro".

O presidente democrata Barack Obama, que tenta a reeleição em novembro, e seu rival republicano, Mitt Romney, têm enfoques muito diferentes sobre como estimular a debilitada economia americana.

O milionário ex-empresário e ex-governador Romney propôs reduzir de forma generalizada em 20% o imposto de renda, eliminar os impostos sobre os ganhos de capital e reduzir drasticamente os impostos das empresas.

Obama destacou que o plano de cortes de impostos de 5 bilhões de dólares de Romney beneficiará basicamente os ricos e que obrigará o governo dos Estados Unidos a aumentar os impostos das famílias com filhos em cerca de 2.000 dólares anuais.

Obama propõe maiores impostos diretos aos mais ricos do país.

[SAIBAMAIS] Em seu discurso na Clinton Global Initiative, a secretária de Estado insistiu: "Há ricos em todas as partes e ainda não contribuem para o crescimento de seus próprios países".

"Não investem em escolas públicas, hospitais, nem no desenvolvimento interno", disse ela na fundação financiada por seu marido, o ex-presidente democrata Bill Clinton.

Se os países quiserem deixar de ser meros receptores de ajuda, acrescentou Clinton, os impostos são vitais "para mobilizar seus próprios recursos domésticos para um desenvolvimento a longo prazo". "Isso requer que os líderes digam aos poderosos coisas que eles não querem ouvir", disse.

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