Economia

Governo Federal afasta possibiliade de nova redução da taxa Selic

postado em 27/09/2012 13:24
O espaço para mais cortes na taxa básica de juros, a Selic, diminuiu após a última redução dos juros básicos em 0,5 ponto percentual, na reunião do Comitê do Política Monetária (Copom), realizada em agosto. A afirmação é o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Araújo, ao apresentar nesta quinta-feira (27/9) o Relatório de Inflação. Atualmente, a Selic está em 7,5% ao ano.

;Houve uma reunião do Copom quando a taxa de juros foi cortada em 50 pontos [0,5 ponto percentual]. Isso significa, certamente, que o espaço para continuidade desse movimento [de queda de juros] vai se estreitando;, disse Araújo. Com a economia em ritmo mais lento, BC iniciou processo de redução da Selic em agosto do ano passado. A Selic menor estimula a atividade econômica, que, na expectativa do BC, deve ganhar impulso no semestre e em 2013.

O BC reduz a Selic quando quer estimular a atividade econômica, mantendo a inflação está sob controle. A Taxa Básica de Juros é elevada quando o BC considera a economia aquecida, com preços em alta. Mas, para este ano, o BC projeta inflação acima do centro da meta de 4,5%, ao calcular que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, vai fechar 2012 em 5,2%.

[SAIBAMAIS];Houve choque no mercado de commodities [produtos primários, com cotação internacional], que, por natureza, é um efeito imprevisto que desvia a inflação temporariamente dessa trajetória de declínio [para a meta, este ano]. Nosso entendimento, é que, caso não tivesse ocorrido esse choque no mercado de grãos, a inflação iria convergir para a meta este ano;, disse Araújo.



Araújo lembrou que a alta nos preços dos produtos primários ocorreu devido a problemas climáticos nos Estados Unidos. De acordo com ele, ;as boas práticas; recomendam que não se combate eventos temporários, como a alta das commodities, com aumento da taxa básica de juros. Na medida em que as condições climáticas nos Estados Unidos se normalizem, a produção de grãos tende a voltar a normalidade e isso se repercute nos preços [com redução];. De acordo com Araújo, a inflação ao consumidor reflete esse aumento no preços de commodities. A expectativa é que haverá impacto no IPCA de setembro.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação