Economia

Bronca do governo deverá pressionar redução de tarifas nos cartões

Governo quer que instituições financeiras reduzam custos de seus serviços. Cortes começarão pelo Banco do Brasil na próxima semana

postado em 29/09/2012 08:00
Por determinação da presidente Dilma Rousseff, o Banco do Brasil deve comunicar em breve a redução de sete de suas tarifas. O anúncio deveria ter sido feito ontem, mas a instituição ainda não estava preparada para colocar em prática a nova tabela de custos. A medida foi vista no mercado como uma segunda etapa do embate entre Palácio do Planalto e bancos ; por pressão, todo o setor pode reduzir tarifas. Em reunião no Ministério da Fazenda, dirigentes do BB tentaram dissuadir o governo, temendo impactos no balanço e nas ações do banco. Mas, devido a fragilidade da economia e a intenção de impulsionar o país por meio do crédito, foi mantida a ordem de reduzir os custos para o consumidor.

Semelhante ao ocorrido com os juros no início do ano, quando BB e Caixa diminuíram o custo do crédito, a presidência espera obrigar todo o segmento a baixar tarifas. No início da semana, após uma bronca da presidente Dilma, o Bradesco cedeu e foi o primeiro a diminuir os juros do rotativo do cartão de crédito. Enquanto o consumidor comemorou o começo do processo de redução da modalidade de crédito mais cara do país, os investidores e analistas chamavam a atenção para o impacto no resultado das instituições financeiras. As ações de todo o segmento despencaram durante a semana. Ontem, diante da expectativa de que o BB mudasse suas tarifas, os papéis dos bancos sofreram nova rodada de perdas. As ações do BB ficaram entre as cinco maiores quedas do dia, fechando em baixa de 3,88%. Na semana, somaram perda de 6,49%.

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