Vânia Cristino/ Especial Estado de Minas
postado em 04/10/2012 08:15
O governo aumentou ontem a pressão sobre o sistema financeiro. Em entrevista publicada pelo influente diário britânico Financial Times, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil foi o último ;almoço grátis; no mundo para os bancos, referindo-se às altas taxas de juros que eles ainda cobram dos clientes. O aviso, porém, não ficou só na retórica e veio acompanhado de decisões que ampliam a presença das instituições públicas no mercado, que já vinha crescendo de maneira acentuada nos últimos meses.A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil anunciaram medidas para impulsionar a venda de motocicletas, segmento da indústria que tem amargado retração no país. Em parceria com o PanAmericano, do qual é acionista minoritário, a Caixa vai financiar motos de até 100 cilindradas. O crédito pode ir até a 36 meses e cobrir o valor total do veículo. O BB reduziu juros e ampliou o escopo de seus empréstimos para incluir modelos a partir de 150 cilindradas. Anteriormente, a instituição financiava apenas aqueles com mais de 250 cilindradas. Os juros mínimos caíram de 1,34% para 1,28% ao mês, no caso de aquisição de motos novas ou fabricadas no ano.