postado em 12/10/2012 09:26
A economia deu sinais de reação em agosto. O Indicador de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), um estudo que tenta prever o resultado do Produto Interno Bruto (PIB, tudo que é produzido em um ano no país), cresceu 0,98% entre julho e agosto. O número é considerado forte por especialistas, mas foi suficiente apenas para levar o crescimento acumulado do ano para 1,03%. Para chegar ao aumento de 1,6% em 2012, como projeta a autoridade monetária, nada mais pode dar errado até dezembro e o país tem de avançar a uma taxa de 1,4% ao trimestre. Até por isso, e ainda de olho no desempenho brasileiro em 2013, o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou, na quarta-feira, a taxa básica de juros (Selic) em mais 0,25 ponto percentual, derrubando-a para 7,25% ao ano, o menor nível da história.Não fosse o desconto de Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) para veículos, o desempenho do país em agosto estaria comprometido. O incentivo fez a venda de carros no mês avançar 7,7% em relação a julho, como mostra a Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Uma parte expressiva do varejo, no entanto, ficou no vermelho, a exemplo das vendas de alimentos em supermercados. Outros indicadores mostram ainda que a industria de transformação registrou melhora no período, com a queima de estoques nos últimos meses, e contribuiu para o desempenho mais expressivo de agosto.