Antonio Temóteo
postado em 15/10/2012 06:00
O crescimento da classe média brasileiro nos últimos anos colocou o país no radar das grandes empresas globais, tanto das que já possuíam operações aqui quanto dos que ainda não haviam acordado para a importância do nosso mercado. O foco desse impulso foi a classe C. Agora, as empresas que pretendem expandir seus negócios já dedicam atenção ao estrato mais baixo, a classe D. Em 2011, esse grupo de consumidores movimentou R$ 363,3 bilhões na economia, devendo neste ano ampliar essa presença para R$ 409 bilhões, segundo pesquisas do Instituto Data Popular e da Whirpool, multinacional norte-americana que é dona de várias marcas de eletrodomésticos, incluindo a Brastemp.De acordo com o critério da Data Popular, a classe D é composta por famílias que têm renda média de R$ 952. Esse segmento, juntamente com os do estrato inferior, teve ganho de renda de 28% nos últimos dez anos. A classe intermediária (C) teve aumento maior, de 54%. Mas as classes mais ricas (A e B) avançaram menos do que as mais pobres: 18%.
Presentes para o lar
O casal Raimundo Nonato Bandeira Braz, 38 anos, e Graziela Bandeira Braz, 36, de São Sebastião, começou a trocar os eletrodomésticos de casa após quitar as prestações dos móveis para o quarto da filha Maria Eduarda, de dois meses. Eles aproveitaram a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para comprar dois fogões: um para a casa e outro para presentear um casal de amigos. ;Ganho R$ 1,6 mil como sushiman e sempre faço as compras parceladas, para as prestações caberem no bolso. Hoje é mais fácil ter acesso a crédito. Depois de pagar esses eletrodomésticos vamos comprar um sofá novo.;