postado em 15/10/2012 12:10
O crescimento econômico brasileiro está em processo de aceleração, com a inflação sob controle, na avaliação do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini. Em uma apresentação feita em uma conferência econômica sobre o Brasil, no Japão, o presidente do BC reforçou que a inflação no país está convergindo para a meta de ;forma não linear;. A meta de inflação é 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.De acordo com o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (15/10) pelo BC, elaborado com base em projeções de instituições financeiras, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar 2012 em 5,43%, e o próximo ano em 5,42%. Além da inflação e da expectativa de crescimento econômico sustentável, Tombini citou, como fatores da estabilidade macroeconômica brasileira, a redução da dívida líquida do setor publico e da vulnerabilidade externa.
Na apresentação, o presidente do BC também destacou a estabilidade das instituições financeiras, bem capitalizadas, com liquidez e com provisão. Além disso, citou a expansão da classe média e as múltiplas oportunidades de investimento no país. Tombini participa, desde a última sexta-feira (12/10), de reuniões em Tóquio, no Japão. Na agenda, estão previstas reuniões com investidores e com representantes do Fundo Monetário Internacional e do Banco de Compensações Internacionais (BIS). O retorno ao Brasil está marcado para esta terça-feira (16/10).
Na última sexta, o FMI avaliou que a recuperação do crescimento da economia brasileira, que deve se consolidar em 2013, vai obrigar o país a rever as políticas de estímulo para frear o aumento da inflação. Na revisão do relatório Perspectivas Econômicas Regionais, sobre a América Latina e do Caribe, o FMI cita especialmente o Brasil, mas também outros países da região, entre eles o Uruguai, como exemplos dessa tendência.
O fundo projeta inflação de 5% para o Brasil neste ano e 5,1% em 2013. O FMI prevê crescimento da economia brasileira de 1,5%, redução de 1 ponto em relação à estimativa do relatório de abril.