Economia

S rebaixa nota da província de Barcelona, após degradar a da Espanha

Agência France-Presse
postado em 16/10/2012 15:24

A agência de avaliação de crédito Standard and Poor;s rebaixou nesta terça-feira (16/10) a nota da província de Barcelona para alinhá-la com a da Espanha, degradada há seis dias a BBB-, a apenas um nível da categoria de bônus lixo.


Barcelona é capital da região da Catalunha, que vive ultimamente um fervor separatista.

A agência considerou que a província de Barcelona - uma das quatro que integram a Catalunha - não pode ter nota melhor que a Espanha pois sua renda "depende do governo central em 85%, o que limita sua independência financeira".

"Além disso, os governos locais na Espanha dispõem de uma capacidade limitada para impor qualquer mudança de seu marco institucional não desejado" por Madri, acrescentou a agência em um comunicado.

Portanto, "aplicamos o teto soberano à nota de Barcelona".

Como aconteceu com a nota soberana da Espanha, a agência S acrescentou à degradação da nota da província de Barcelona uma perspectiva negativa, o que significa que poderá rebaixá-la a médio prazo a uma categoria de "bônus lixo".

[SAIBAMAIS] A S já tinha anunciado, no dia 31 de agosto, que colocava a região da Catalunha em categoria especulativa (nota BB), preocupada com as tensões entre a comunidade autônoma e o Estado central, em um momento em que a região precisa dele para se financiar.

A Catalunha, a mais endividada das 17 regiões, acaba de conseguir do fundo público de ajuda às coletividades um empréstimo de 5,433 bilhões de euros, 410 milhões a mais do que havia solicitado inicialmente.

Nesta terça-feira (16/10), a agência de avaliação de crédito já tinha rebaixado as notas de sete bancos espanhóis, entre eles dois dos mais importantes: Santander e BBVA.



A agência prevê concluir em novembro seu exame sobre o impacto da redução da nota do país no setor bancário espanhol, o que poderá desencadear novas degradações.

A S reduziu em dois níveis a nota soberana da Espanha há seis dias (10 de outubro), diante das incertezas políticas e econômicas que pesam sobre o país, em plena crise da dívida da zona do euro.

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