Nova York - Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam esta terça-feira (16/10) em leve alta, em um mercado dividido entre os dados positivos nos Estados Unidos, as fracas perspectivas da demanda de petróleo e a escalada das tensões no Oriente Médio.
[SAIBAMAIS] O barril de "light sweet crude" (WTI) com entrega em novembro subiu 24 centavos, a 92,09 dólares, no New York Mercantile Exchange (Nymex).
Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com a mesma data de entrega, fechou com perdas de 73 centavos em relação a segunda-feira, a 115,07 dólares no Intercontinental Exchange (ICE).
A cotação de petróleo seguiu a tendência dos mercados financeiros, que estiveram em alta, depois de um aumento da produção industrial nos Estados Unidos, uma melhoria da confiança dos investidores na Alemanha e por rumores de uma ajuda iminente à Espanha, segundo Tim Evans, analista da Citi.
Contudo, "o mercado se posicionou diante da publicação dos dados semanais sobre as reservas de petróleo" nos Estados Unidos na quarta-feira 10/10), acrescentou o especialista.
Segundo os analistas consultados pela agência Dow Jones Newswires, o Departamento de Energia (DoE) deve anunciar nesta quarta-feira (17/10) um aumento dos estoques de 900 mil barris nos Estados Unidos na semana encerrada no dia 12 de outubro.
Na semana passada, as reservas subiram 1,7 milhão de barris.
A alta do preço de petróleo em Nova York também foi impulsionada pelo persistente temor sobre a estabilidade no Oriente Médio.
"As tensões geopolíticas persistem depois das novas sanções contra o Irã impostas pela União Europea (UE), em um momento em que a animosidade entre Turquia e Síria continua sendo fonte de muitas preocupações", disse Matt Smith, da Schneider Electric.
Além disso, o mercado continua "orientado à baixa pelas estimativas da demanda projetadas pelos principais organismos" petrolíferos, destacou James Williams, da WTRG Economics.
A Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), o DoE e a Agência Internacional de Energia (AIE) reduziram, na semana passada, suas previsões para o crescimento da demanda mundial de petróleo até 2016.