Economia

Governo chinês registra crescimento de 7.4% no terceiro trimestre

Agência France-Presse
postado em 18/10/2012 13:01
Pequim - O crescimento na China desacelerou a 7,4% ao ano no terceiro trimestre de 2012, o menor nível desde o primeiro trimestre de 2009 (6,6%), informou nesta quinta-feira (18/10) o Escritório Nacional de Estatísticas (ONE).

Nos três primeiros trimestres de 2012, a alta anual do Produto Interno Bruto (PIB) da segunda economia mundial foi de 8,1%, antes de cair a 7,6% no segundo. Nos nove primeiros meses do ano, o crescimento do PIB do país foi de 7,7% na comparação com o mesmo período em 2011. O crescimento registrado no terceiro trimestre está de acordo com o esperado pelos analistas ouvidos pela agência financeira Dow Jones.

O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, estimou na quarta-feira que o crescimento está se estabilizando na China e manifestou sua confiança em atingir o objetivo de 7,5% para o conjunto de 2012, definido em março passado. "Podemos dizer que a situação da economia no terceiro trimestre é bastante boa", declarou, antes da publicação do resultado, Wen Jiabao. "Os sinais de estabilização da economia nacional são mais claros, a julgar pelos números do terceiro trimestre e pelas de setembro em particular", disse o porta-voz do ONE, Sheng Laiyun. "Os principais indicadores mostram que, apesar do crescimento permanecer em desaceleração, o ritmo da redução diminuiu", completou Sheng.

[SAIBAMAIS]A Bolsa de Xangai reagiu positivamente e fechou em alta de 1,24%. Os números do crescimento são os últimos publicados antes de um congresso crucial do Partido Comunista em novembro, que deve levar ao poder uma nova geração de dirigentes. Os dados devem permitir às autoridades do país, no poder há uma década, sair de cabeça erguida, já que a economia nacional avançou durante seu mandato da sexta para a segunda posição mundial. A China, motor da economia mundial, registrou crescimento médio superior a 10% durante a primeira década do século XXI, mas perdeu força diante das dificuldades que vivem Europa e Estados Unidos, principais mercados das exportações chinesas.



Para evitar uma queda brutal do crescimento, o governo em Pequim tem adotado uma flexibilização monetária e reduzido o valor dos depósitos compulsórios dos bancos para permitir a concessão de mais empréstimos, além de reduzir as taxas básicas de juros. Para o mês de setembro, os principais indicadores da economia chinesa refletem um alta da atividade depois da adoção dessas medidas. A produção industrial progrediu no mês passado 9,2% interanual, frente a 8,9% em agosto. Pequim também reativou os investimentos em infraestruturas, como transportes ferroviários.

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