Economia

Tombini prevê crescimento em torno de 4% já no segundo semestre de 2012

postado em 23/10/2012 18:12
São Paulo ; O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, declarou nesta terça-feira (23) que um conjunto de fatores econômicos, como redução da taxa de desemprego e aumento da renda dos trabalhadores, darão sustentação à demanda doméstica. De acordo com ele, o cenário deve contribuir para um crescimento do país em torno de 4% no segundo semestre de 2012 e também em 2013.



Alexandre Tombini profere palestra na segunda edição do Encontros Exame, em São Paulo

Durante encontro com empresários promovido pela Revista Exame, Tombini disse que as ações do BC para aumentar a competitividade, como a redução de 5,25 pontos básicos, desde agosto de 2011, na taxa básica de juros ; a Selic - e a flexibilização das regras dos recolhimentos compulsórios, ainda não encerraram a produção de efeitos na economia brasileira.

O presidente da autoridade monetária disse que há expectativa de expansão dos investimentos públicos e privados durante os próximos anos e que esse cenário deve consolidar um ambiente de inflação sob controle.

Segundo ele, os impactos da pressão de preços impulsionada pelas commodities agrícolas, que ocorreu entre o segundo e o terceiro trimestres deste ano, já foram transmitidos para os preços ao consumidor. Ele avaliou que os efeitos remanescentes dessa alta de preços tendem a ser menores daqui para frente.

Tombini ainda considerou que a preocupação com a desaceleração da China, país do qual o Brasil seria dependente, é extremada. ;As exportações brasileiras correspondem a apenas 10,7% do nosso Produto Interno Bruto [PIB], um percentual relativamente baixo quando comparado a outros países emergentes;, disse.

De acordo com ele, o Brasil tem uma pauta de exportações diversificada em termos de destinos e de produtos. ;Apenas 17,7% das nossas exportações têm como destino a China, o que significa menos de 2% do nosso Produto Interno Bruto;.

Apesar disso, o presidente do Banco Central admite que a desaceleração do ritmo de crescimento da economia chinesa contribui para enfraquecer o comércio internacional. ;[Isso] também impacta o desempenho da economia brasileira;, concluiu.

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