postado em 24/10/2012 16:34
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira (24/10) que espera que a nova prorrogação do desconto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, que passa a valer até o último dia do ano, deverá dar uma contribuição para que os preços praticados pelas montadoras continuem baixos para o consumidor. ;Nós não queremos que haja aumento de preços neste fim de ano. Então, se nós suspendêssemos a desoneração, provavelmente as empresas iriam aumentar os preços, recolocar o IPI em novembro e dezembro. E nós queremos que os preços continuem baixos, bem comportados;, disse.
Para Mantega, o governo tem agido sempre que possível para reduzir a inflação no país, que, segundo analistas de mercado, deverá fechar o ano na casa dos 5,5%. O número ultrapassa em um ponto percentual o centro da meta de inflação perseguida pelo Banco Central (BC), de 4,5% ao ano, e fica apenas um ponto abaixo do teto da meta, de 6,5%.
Em 2011, por conta da pressão mais forte da carestia, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial da inflação, fechou exatamente em 6,5%. Caso tivesse ultrapassado essa marca, o presidente do BC, Alexandre Tombini, teria de ter escrito uma carta ao ministro da Fazenda para explicar por que a autoridade monetária não conseguiu por freio à alta de preços. [SAIBAMAIS]
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Em 2012, esse número não chegou a ser tão alto, mas as estimativas passaram a deteriorar com o choque de preços dos alimentos, que, entre agosto e outubro, foram os maiores vilões do IPCA.
Atento ao movimento de alta, Mantega explicou que a ideia do governo é continuar adotando medidas que possam reduzir essa pressão nos próximos meses. ;Sempre que nós podemos contribuir para baixar a inflação, nós continuaremos contribuindo;, assegurou.