Vera Batista
postado em 28/10/2012 07:00
Não importa o destino: quem depende de companhias aéreas tem uma grande chance de passar por contrariedades, e, muitas vezes, sofrer abusos. Na remarcação de uma passagem, por exemplo, a dor de cabeça pode ser tão grande que muita gente desiste de viajar e prefere perder o dinheiro. Isso porque os valores cobrados pelas empresas chegam ao dobro do preço do bilhete, sem falar em outras taxas de serviço criadas à revelia. Não é à toa que o número de denúncias no site Reclame Aqui tem aumentado. Somente entre junho e agosto deste ano, foram 2.052 reclamações, o que representou crescimento de 40% na comparação com o mesmo período de 2011. Entre as principais queixas estão também atrasos, cancelamento de voos e extravio de bagagem.
O Ministério Público Federal, em agosto do ano passado, obrigou as cinco maiores companhias aéreas - TAM, Gol, Webjet, Avianca e Azul - a reduzirem as tarifas de remarcação ou de cancelamento do bilhete a, no máximo, 10% do valor total da compra. Mas esse limite só vale se o passageiro avisar a empresa com 15 dias de antecedência. Mais recentemente, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), responsável pela regulação e pela fiscalização do setor, anunciou aumento de até mil vezes da multa para "casos de execução de serviços aéreos de forma a comprometer a ordem ou a segurança pública". Os valores, antes de até R$ 20 mil, chegarão a R$ 20 milhões por infração.