Economia

Petrobras declara "guerra" a atrasos para evitar perda de receitas

postado em 29/10/2012 16:27

Rio de Janeiro ; A presidenta da Petrobras, Graça Foster, disse nesta segunda-feira (29/10) que a Petrobras está em ;guerra; contra atrasos para evitar a perda de receitas importantes nos próximos anos. Ela citou como exemplos de atrasos as novas sondas contratadas, montadas no exterior e que demoraram cerca de dois anos para ficarem prontas. Mesmo período que atrasou a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, a qual só deve ser concluída em 2014.

;O pessoal que trabalha comigo sabe que eu odeio atraso. Se [os navios, plataformas e sondas] não entrar [em operação] do jeito que está previsto, não consigo atender à curva de produção. Virou uma guerra, uma catástrofe na Petrobras atrasar projeto. Se você atrasou, você não produz, não gera receita;, disse.

Em palestra na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Foster disse que o preço do diesel e da gasolina no Brasil ainda está defasado. Segundo a presidenta, a Petrobras não pretende aumentar o preço da gasolina todo dia ou todo mês e que a empresa deve manter a política de reajuste de médio e longo prazo, para evitar a volatilidade do preço do petróleo no mercado internacional.

[SAIBAMAIS] ;Aumentar a gasolina todo dia, todo mês, todo trimestre não favorece à Petrobras, porque somos uma empresa de investimentos de médio e longo prazo. Hoje, os preços do diesel e da gasolina estão defasados [em relação ao preço internacional]. Mas evidentemente quem investe, como a Petrobras, não pode passar longos tempos sem fazer uma recuperação de seus preços;, justificou.

Na palestra, Foster disse também que os desinvestimentos, ou seja, venda de ativos, continuarão no ano que vem, de forma a garantir os investimentos de US$ 236 bilhões previstos até 2016 em projetos prioritários, contraindo assim menos dívidas no mercado financeiro.

De acordo com a presidenta, a empresa ainda está buscando reduzir os custos operacionais e aumentar a eficiência das unidades operacionais, em especial na Bacia de Campos, atualmente principal polo produtor de petróleo do país.

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