Madri - A autoridade que regula o mercado de ações espanhol anunciou nesta quinta-feira (1;) sua decisão de prorrogar de forma imediata e durante três meses a proibição de vendas de ações a descoberto devido à incerteza que persiste sobre o sistema financeiro espanhol, no processo de reestruturação.
A Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) decidiu "impor com efeito imediato (...) a proibição cautelar" de vendas a descoberto, informou em um comunicado.
Este tipo de venda é um mecanismo especulativo que consiste em pegar emprestado uma ação, cujo preço, deve cair e vendê-la com a esperança de obter um lucro considerável no momento de voltar a comprá-la para devolvê-la a seu proprietário.
Esta prática, totalmente legal, mas arriscada, é com frequência acusada de precipitar o colapso das ações mais frágeis e de agravar a instabilidade dos mercados de ações.
A Espanha já havia proibido esta prática em julho, por três meses.
[SAIBAMAIS] "A proibição será mantida por um período de três meses desde o momento de sua publicação na data de hoje (quinta-feira) até o fechamento de 31 de janeiro de 2013, podendo ser prorrogado (...) ou suspenso se necessário", disse a CNMV.
A Comissão considerou que "a não proibição da realização de operações de venda a descoberto traria incerteza" em um momento em que o "processo de reestruturação bancário ainda não está concluído, o que gera uma série de incertezas sobre o sistema financeiro espanhol que pode afetar a estabilidade financeira".