Agência France-Presse
postado em 05/11/2012 09:14
México - O G20 de ministros das Finanças debate desde a noite de domingo (4/11) no México os riscos que o chamado "precipício fiscal" nos Estados Unidos representa para a economia mundial, e analisa a crise na Europa, centrada nas dificuldades de Grécia e Espanha, informaram participantes da reunião."Há vários riscos sobre as perspectivas (econômicas) globais. Um é o precipício fiscal, que acredito que será resolvido rapidamente" nos Estados Unidos, e "outro é a situação no Japão, a desaceleração na China. A Europa é um em múltiplos fatores", resumiu um líder de alto escalão de um banco central europeu que pediu para não ser identificado.
A falta de acordo no Congresso americano para reduzir o colossal déficit público do país pode disparar o que se conhece como um "precipício fiscal" no início de 2013, um pacote de cortes de gastos e aumentos de impostos que pode atingir o já vacilante crescimento econômico mundial. Nos dias anteriores ao G20 Finanças, a crise europeia se apresentava como o tema dominante desta reunião de ministros e governadores de bancos centrais deste fórum de países desenvolvidos e emergentes.
[SAIBAMAIS]Mas com a chegada dos participantes à reunião, que não contará com a presença do secretário do Tesouro americano, Tim Geithner, e a algumas horas das eleições presidenciais nos Estados Unidos, a situação fiscal americana começou a ganhar espaço na agenda. "Há preocupação sobre como se resolve o que se chamou de ;precipício fiscal; nos Estados Unidos", resumiu na tarde de domingo o ministro mexicano das Finanças, José Antonio Meade.
Os membros do G20 esperam que a Espanha - convidada permanente deo G20 - possa dar explicações sobre sua negativa de pedir ajuda aos seus sócios europeus em troca de um programa de compra de dívida soberana por parte do Banco Central Europeu (BCE), uma situação que mantém os mercados em suspense. Além disso, os ministros se ocupam das negociações da Grécia com seus credores - União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu - para alcançar a liberação de uma nova parcela de ajuda de 31,2 bilhões de euros, que evite que o país entre em default em meados de novembro.