Economia

Especialista diz que economia dos EUA deve perder fôlego após Furacão Sandy

postado em 05/11/2012 14:03
A passagem do Furacão Sandy pelos Estados Unidos causará perda de fôlego à economia do país, mas não um retrocesso da retomada do crescimento, acredita o economista-chefe da agência de classificação de risco Austin Rating, Alex Agostini. Ele destaca que alguns setores da atividade econômica do país ; o imobiliário, por exemplo ; podem até mesmo ser beneficiados pelo processo de reconstrução.

Agostini diz que, sob os impactos do Sandy, deve haver um crescimento menor do que o estimado inicialmente para a economia americana em 2012. A consultoria internacional IHS Global Insight já estimou que o ritmo de crescimento deve diminuir de 1,6% para um percentual entre 1% e 1,5%. De acordo com a mesma consultoria, o prejuízo total à atividade econômica deve ficar em US$ 50 bilhões.

Mas o economista estima que, embora o Sandy deva atrasar a recuperação dos EUA, não trará efeitos crônicos à economia do país. O cenário é diferente do verificado por exemplo no Japão, atingido por um terremoto e um tsunami em 2011. No país asiático, a devastação na infraestrutura de cidades e rodovias foi maior do que nos Estados Unidos e houve contaminação nuclear do solo. Por isso, até hoje o país enfrenta entraves à retomada da atividade econômica.

Para Agostini, após as perdas causadas pelo fechamento de fábricas e comércio e o cancelamento de voos durante a passagem do furacão, a próxima dificuldade enfrentada por Nova York e Nova Jersey será a de escoamento da produção. ;Fica prejudicada a questão da logística, do escoamento dessas áreas que são grandes produtoras dentro dos EUA.;

[SAIBAMAIS]Na avaliação do economista, a confiança do consumidor ficará abalada e o turismo deve ser prejudicado neste fim de ano. ;Deve haver menos turistas no Natal. Mas tudo vai depender da rapidez de recuperação do país;, destaca. As seguradoras, que terão de desembolsar milhares de dólares para cobrir os prejuízos, também serão severamente afetadas.


Em meio ao cenário pouco favorável, Agostini prevê que o setor imobiliário, castigado pela crise das hipotecas em 2008, ganhará algum impulso. ;O governo vai liberar verba de emergência para a reconstrução. Então esse setor, que teve problemas no passado, será beneficiado.;

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