Agência France-Presse
postado em 05/11/2012 14:44
Paris - A falta de competitividade é o grande desafio da economia francesa e por isso são necessárias reformas de envergadura para reativar o emprego e o crescimento, ao mesmo tempo em que é reduzido o gasto público, disse nesta segunda-feira (5/11) o Fundo Monetário Internacional (FMI), após uma missão de vigilância.Justamente nesta segunda-feira, o ex-presidente do grupo europeu EADS, Louis Gallois, entregou ao governo um relatório no qual propõe uma série de medidas para reativar o crescimento na França, atualmente estagnado.
O executivo anunciará na terça-feira (6) suas primeiras orientações com vistas a "um pacto de competitividade", que combinará uma redução do custo da mão de obra com iniciativas para a inovação.
"As perspectivas de crescimento da França seguem sendo frágeis, como pode ser notado pelas condições econômicas delicadas na Europa, e a capacidade de recuperação da França também se vê comprometida por um problema de competitividade", diz o FMI em seu relatório, após uma missão anual sobre a França.
Essa falta de competitividade "se apresenta como o grande desafio para a estabilidade macroeconômica, o crescimento e a criação de emprego", escreve o Fundo, com sede em Washington.
Segundo o Fundo, essa perda de competitividade poderá ficar mais séria se a economia francesa não se adaptar ao mesmo ritmo que seus principais sócios comerciais na Europa.
O Fundo estima que a reflexão aberta pelo governo de François Hollande sobre a questão é "uma oportunidade única para empreender reformas de envergadura".
O FMI pede também para que o governo "sustente o esforço de consolidação fiscal a médio prazo para reduzir a dívida pública".
Contudo, se a atividade econômica continuar sendo frágil na Eurozona, o organismo multilateral crê que a França e seus sócios "deveriam conjuntamente revisar a velocidade do ajuste orçamentário na região".