Vera Batista
postado em 08/11/2012 08:35
O governo vai botar um freio nas despesas com benefícios pagos aos servidores, que, somente em 2013, vão custar mais de R$ 14,7 bilhões aos cofres públicos. Na avaliação da equipe econômica, não há mais como os gastos com assistência médica, auxílio-creche, auxílio-alimentação e exames periódicos subirem na velocidade dos últimos anos, de mais de 20% acima da inflação. A meta é limitar os valores, sobretudo os mais elevados, pagos pelo Legislativo e o Judiciário, por meio da proposta de Orçamento do ano que vem, que está em tramitação no Congresso, e diminuir as diferenças. No caso do auxílio-alimentação, por exemplo, os funcionários da Câmara e do Senado recebem R$ 741 por mês, os dos tribunais, R$ 710, e os do Executivo, R$ 259 (veja quadro).
A decisão do governo é criticada pelos servidores. ;Quando o Executivo olha o Orçamento e quer apertar o cinto, o primeiro pensamento é cortar os benefícios que temos, fazendo uma comparação absurda com os que estão no teto, sem se incomodar com as nossas perdas;, reclama Ana Paula Cusinato, diretora do Sindicato dos Servidores da Justiça (Sindjus). Desde 2011, garante ela, a categoria não teve reajuste no auxílio-alimentação. ;Nossa assessoria jurídica está analisando a legalidade do bloqueio. Vamos questionar isso juridicamente;, avisa.