postado em 08/11/2012 20:21
São Paulo ; Terminou sem acordo a reunião entre representantes do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) e de sindicatos de Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo para tentar colocar um fim à greve que afeta o abastecimento de gás liquefeito de petróleo (gás de cozinha) no estado. A audiência ocorreu na tarde desta quinta-feira (8/11) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em São Paulo.A contraproposta feita pelos trabalhadores foi rejeitada pelo sindicato patronal. Com isso, os trabalhadores do setor continuarão em greve, iniciada no dia 29 de outubro. Segundo o TRT, o caso agora deverá seguir para julgamento, com abertura de prazo para apresentação das defesas. Ainda não foi confirmada a data para o julgamento.
A categoria quer reajuste salarial de 7,39%, cesta básica e valor extra de R$ 310, além de participação nos lucros e resultados de 210%.
[SAIBAMAIS]De acordo com os sindicatos dos trabalhadores, a greve afetou o abastecimento de gás de cozinha em várias cidades do interior de São Paulo e também na capital paulista. Em alguns locais, informa o sindicato, algumas representantes de distribuidoras já subiram o preço do produto.
Por se tratar de um serviço essencial à sociedade, a Justiça determinou que pelo menos 30% dos funcionários trabalhem em cada um dos setores, tanto na produção quanto no escoamento do produto, sob pena de multa diária no valor de R$ 50 mil.
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Em comunicado à imprensa, o Sindigás disse que a proposta patronal, que foi aprovada pela Federação Nacional dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo, é 6% de reajuste salarial e participação nos lucros e resultados de 160%. Mas os trabalhadores paulistas não aceitam a proposta. ;O Sindigás lamenta que os trabalhadores de São Paulo se mantenham irredutíveis diante da proposta aceita pela categoria em todo o Brasil;, diz o comunicado.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios, Derivados de Petróleo, IPM, Marinas e Garagens Náuticas (Sindminérios), de São José dos Campos (SP), as negociações começaram no dia 4 de setembro e, desde então, houve quatro rodadas de conversas, sem sucesso. No dia 5 de novembro, outros sindicatos do estado também entraram em greve, acompanhando a decisão do sindicato de São José dos Campos.