Agência France-Presse
postado em 10/11/2012 08:50
Bruxelas - A Grécia deveria receber mais tempo, assim como o financiamento necessário, para realizar seu draconiano ajuste fiscal, disse J;rg Asmussen, membro alemão do diretório do Banco Central Europeu (BCE), em uma entrevista ao jornal belga Echo, publicada neste sábado. "É preferível que a Grécia permaneça na Eurozona. Caso isso exija uma ajuda adicional por um ano ou dois mais, será muito mais barato que uma saída ou uma cessação de pagamentos", afirmou.[SAIBAMAIS]A situação da Grécia concentrará a reunião dos ministros de Finanças da Eurozona nesta segunda-feira em Bruxelas, mas não se espera nenhuma decisão sobre o desbloqueio de uma ajuda de 31,5 bilhões de euros, retida desde junho.
A Eurozona espera um relatório dos especialistas da troika, que reúne aos principais credores de Atenas, a União Europeia (UE), o BCE e o Fundo Monetário Internacional (FMI). "Estamos terminando a análise do programa de ajuste grego", disse Asmussen.
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Este documento, esperado há semanas, contempla tanto as novas medidas de cortes da Grécia, em troca de ajuda, quanto à trajetória da dívida que aumenta, ficando longe da meta de 120% do PIB para 2020.
O caso é particularmente complicado porque, além de analisar os compromissos assumidos pela Grécia, deve estudar como conceder-lhe dois anos mais para realizar seu plano de ajuste fiscal, como foi pedido, o que representaria um custo de entre 20 e 30 bilhões de euros adicionais.