Cerca de 14 mil trabalhadores paralisaram as atividades na obra da usina de Belo Monte nesta segunda-feira (12/11) devido a reajustes salariais. Apesar de não estarem trabalhando, a situação oficial ainda não é de greve. Desde o fim de semana, uma série de protestos se espalhou pela usina.
Houve confusão, diversos objetos foram quebrados e alojamentos foram até incendiadas.
O consórcio Construtor Belo Monte alega que a paralisação aconteceu por conta de atos de vandalismo nos canteiros de obra.
Veja a nota do Consórcio Construtor Belo Monte:
O Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), empresa contratada para executar as obras civis da Usina Hidrelétrica Belo Monte, informa que na noite de domingo (11/11) os Sítios Belo Monte, Canais e Diques e Pimental foram alvos de vandalismo.
Em cada uma das frentes de obras, grupos formados por aproximadamente 20 pessoas deram início a uma série de depredações. Em ação orquestrada, foram depredadas instalações de refeitórios, alojamentos, áreas de lazer, escritórios e oficinas. No Sítio Belo Monte, os depredadores apoderaram-se de caminhões e outros equipamentos, e fizeram ainda um bloqueio na Rodovia Transamazônica, impedindo o acesso aos canteiros de obras e impossibilitando a imediata retirada dos funcionários alojados para acomodações em hotéis de Altamira (PA).
[SAIBAMAIS]Ainda no Sítio Belo Monte, houve quebra-quebra no refeitório, por volta das 23h de domingo. Em seguida, o grupo esvaziou extintores de incêndio dos alojamentos, depredou 5 condomínios e ateou fogo em 1 ônibus, na lanchonete, em carpas (alojamentos pioneiros) e em colchões . A ação dos vândalos deixou 7 pessoas feridas. O CCBM formalizou registro dos atos de violência e vandalismo junto aos órgãos de segurança do Estado do Pará, para identificação e punição dos responsáveis.
De maneira a preservar a integridade física de todos os nossos trabalhadores, as atividades de produção dos canteiros de obras da UHE Belo Monte estão paralisadas nesta segunda-feira (12/11).