Agência France-Presse
postado em 13/11/2012 18:56
Washington - Os Estados Unidos consideraram nesta terça-feira que a nova coalizão opositora síria estabelecida no domingo é "uma representante legítima do povo sírio", mas evitaram reconhecê-la como um futuro governo provisório como havia feito anteriormente a França."Acreditamos que ela é uma representante legítima do povo sírio, um reflexo do povo sírio (...) Queremos também que (esta coalizão opositora) prove sua capacidade de representar os sírios dentro da Síria", declarou o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Mark Toner.
Washington já havia saudado na noite de domingo o acordo de Doha criando uma coalizão nacional da oposição síria para lutar contra "o regime sanguinário" do presidente sírio, Bashar al-Assad.
"Nós agora temos uma estrutura estabelecida que pode preparar uma transição política, mas aguardamos a criação de comitês técnicos graças aos quais teremos a certeza de que nossa assistência chegará de forma segura", disse Toner.
Os Estados Unidos defendem há meses uma assistência humanitária e uma ajuda "não-letal" à oposição síria, rejeitando oficialmente qualquer fornecimento de armas à rebelião.
A secretária de Estado Hillary Clinton havia rejeitado publicamente no dia 31 de outubro o Conselho Nacional Sírio, pedindo uma oposição síria ampla, unida e plural.
A França foi nesta terça-feira a primeira potência ocidental a reconhecer a nova coalizão opositora síria, abrindo a porta para o fornecimento de armas aos rebeldes da Síria.
Antes, o chefe desta coalizão, Ahmad Moaz al-Khatib, havia pedido no Cairo "armas apropriadas" para "pôr fim ao sofrimento dos sírios", no momento em que o número de mortos no conflito chega a mais de 37.000 em 20 meses, segundo uma ONG.