postado em 19/11/2012 18:55
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff voltou a defender nesta segunda-feira (19/11), na Espanha, que os países desenvolvidos adotem medidas que estimulem os investimentos e o consumo para enfrentar a crise econômica, e não as políticas de austeridade que estão colocando em prática.A crise econômica tem se agravado e a opção por ;políticas ortodoxas;, segundo Dilma, tem levado as economias ricas à recessão, prejudicando diretamente a população com os cortes radicais de gastos e a retirada de direitos.
;As principais lideranças do mundo desenvolvido não encontraram ainda um caminho que articule ajustes fiscais apropriados e estímulos aos investimentos ao consumo;, disse a presidenta na abertura do seminário ;Brasil en la Senda del Crecimiento;, organizado pelos jornais El País e Valor Econômico, em Madri.
Segundo Dilma, o Brasil tem feito sua parte para enfrentar a crise e o governo tem conseguido, apesar do cenário desfavorável, manter o nível de emprego e continuar reduzindo a desigualdade. ;Superamos a visão incorreta que contrapõe, de um lado, as medidas de incentivo ao crescimento e, de outro, os planos de austeridade. Este é um falso dilema. A responsabilidade fiscal é tão necessária quanto são imprescindíveis medidas de estímulo ao crescimento, pois a consolidação fiscal só é sustentável em um contexto de recuperação da atividade econômica;
A adoção de políticas de austeridade sem contrapartidas de estímulo ao crescimento não tem se mostrado eficaz, na avaliação da presidenta. ;Há momentos em que não podemos escolher entre uma ou outra alternativa. Há que desenvolvê-las de forma articulada. Por isso, defendemos que as regiões em crise adotem uma estratégia que abra mais espaço para estímulos fiscais imediatos, escorados por planos de consolidação de médio e longo prazo;, sugeriu.