Agência France-Presse
postado em 20/11/2012 12:43
Buenos Aires - Uma greve nacional das centrais sindicais críticas à presidente argentina Cristina Kirchner gerava nesta terça-feira (20/11) sérias dificuldades no transporte urbano e aéreo, ao mesmo tempo em que grupos de manifestantes bloqueavam acessos estratégicos à capital. A greve sindical ocorre 13 dias após uma grande manifestação com participação majoritária de setores da classe média em rejeição aos planos de uma segunda reeleição da presidente e contra a insegurança.Todos os voos no aeroporto metropolitano "Jorge Newbery", de serviço de cabotagem e para países limítrofes, foram suspensos devido à greve, enquanto a empresa chilena Lan informou que resolveu "cancelar todos os voos na Argentina" e sete "voos regionais para e desde as cidades de São Paulo, Lima (Peru) e Santiago do Chile".
[SAIBAMAIS]O protesto trabalhista exigindo a redução de um imposto sobre o salário também paralisou o sistema de trens, que transporta centenas de milhares de passageiros da povoada periferia a Buenos Aires, assim como uma das sete linhas do metrô que circula pela capital da Argentina e algumas rotas do serviço de ônibus urbanos.
Grupos de trabalhadores e militantes de esquerda bloqueavam pontos de acesso estratégicos a Buenos Aires a partir dos subúrbios, o que paralisou a circulação em avenidas e estradas de grande circulação, incluindo a que faz a ligação com o aeroporto internacional de Ezeiza (32 km ao sul), o principal da Argentina.