Economia

Greve na Argentina faz empresas aéreas cancelarem voos no Brasil

Anac afirma que falta de assistência pode gerar multa de até R$ 980 mil por voo

postado em 20/11/2012 15:29

As empresas aéreas Aerolíneas Argentinas e Austral Lineas Aereas Cielos Del Sur cancelaram todos os voos do Brasil para a Argentina e daquele país para o Brasil por causa da greve no serviço público argentino, estendida às duas empresas aéreas, que são estatais. A Aerolíneas tem voos com partida dos aeroportos do Galeão (RJ), Guarulhos (SP) e Salgado Filho (RS), enquanto a Austral, membro do grupo da Aerolíneas, tem voos com partida do Galeão e de Guarulhos.

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) afirmou que está monitorando a prestação de assistência aos passageiros com voos afetados pelas empresas. As companhias deverão prestar assistência integral, prevista na Resolução n; 141/2010 aos passageiros que estejam em solo brasileiro afetados pela greve das empresas. Para os que estão em solo argentino, valem as regras daquele país.

Acessos restritos
Uma greve nacional das centrais sindicais críticas à presidente argentina Cristina Kirchner gerava nesta terça-feira (20/11) sérias dificuldades no transporte urbano e aéreo, ao mesmo tempo em que grupos de manifestantes bloqueavam acessos estratégicos à capital. A greve sindical ocorre 13 dias após uma grande manifestação com participação majoritária de setores da classe média em rejeição aos planos de uma segunda reeleição da presidente e contra a insegurança.

Todos os voos no aeroporto metropolitano "Jorge Newbery", de serviço de cabotagem e para países limítrofes, foram suspensos devido à greve, enquanto a empresa chilena Lan informou que resolveu "cancelar todos os voos na Argentina" e sete "voos regionais para e desde as cidades de São Paulo, Lima (Peru) e Santiago do Chile".

O protesto trabalhista exigindo a redução de um imposto sobre o salário também paralisou o sistema de trens, que transporta centenas de milhares de passageiros da povoada periferia a Buenos Aires, assim como uma das sete linhas do metrô que circula pela capital da Argentina e algumas rotas do serviço de ônibus urbanos.

Grupos de trabalhadores e militantes de esquerda bloqueavam pontos de acesso estratégicos a Buenos Aires a partir dos subúrbios, o que paralisou a circulação em avenidas e estradas de grande circulação, incluindo a que faz a ligação com o aeroporto internacional de Ezeiza (32 km ao sul), o principal da Argentina.

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