Economia

Mesmo com nova classe média, renda continua concentrada no país

Sudeste tem 55,4% da riqueza do país e o Distrito Federal, renda 7,5 vezes maior do que a do Maranhão. Diferenças no país continuam grandes, embora Produto Interno Bruto das unidades da Federação mostre ganhos para os locais mais pobres

postado em 24/11/2012 08:04
Nem a ascensão de 40 milhões de brasileiros à classe média conseguiu transformar a cara do Brasil. As pessoas estão com mais dinheiro no bolso, há mais oportunidade de emprego, de negócios. Mas quando se olha para a distribuição da riqueza, o país continua o mesmo de décadas atrás: o Norte e o Nordeste ainda são os pobres; o Sul e o Sudeste, os ricos. Dados apresentados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam a manutenção dessa estrutura. Revelam, porém, que houve uma melhora ; um avanço classificado como ;tímido; por especialistas, mas que evidencia um país que está no rumo certo e que precisa dar mais passos para deixar de ser emergente e se tornar desenvolvido.

Os números levantam ainda dúvidas sobre o papel das políticas sociais e de distribuição de renda como as principais ferramentas para diminuir as desigualdades. Especialistas ouvidos pelo Correio defendem a importância desses mecanismos para a diminuição da miséria nos últimos anos, mas admitem que é preciso mais, por exemplo avanços na educação, hoje o ;calcanhar de Aquiles; do país. Entre 2002 e 2010, período analisado pela pesquisa do IBGE, as regiões pobres do país ganharam maior participação no Produto Interno Bruto (PIB, soma da produção do país em um ano). O Norte, que detinha 4,7% do total, passou para 5,3%; no Nordeste a evolução foi de 13% para 13,5%. Em contraponto, a região mais próspera do Brasil, o Sudeste, perdeu espaço, viu sua fatia encolher de 56,7% para 55,4%. Mesmo assim, o dinheiro continua concentrado nos mesmos lugares.

Sudeste tem 55,4% da riqueza do país e o Distrito Federal, renda 7,5 vezes maior do que a do Maranhão. Diferenças no país continuam grandes, embora Produto Interno Bruto das unidades da Federação mostre ganhos para os locais mais pobres

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