Economia

Gol descarta rever demissões de funcionários e a extinção da Webjet

postado em 28/11/2012 13:39
A Gol Linhas Aéreas descartou a possibilidade de reverter as demissões de trabalhadores e a extinção da Webjet, empresa adquirida recentemente pelo grupo. Apesar disso, o presidente da companhia aérea, Paulo Sérgio Kakinoff, disse ;não haver previsão; de novas demisões, além das já anunciadas. Ele se reuniu nesta quarta-feira (28/11) com o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Wagner Bittencourt, para discutir o assunto.

Durante a reunião, Kakinoff apresentou ao ministro as justificativas para a redução do quadro de funcionários e do encerramento da empresa adquirida. ;Com aviões 737-300, que consumem em média 28% a mais de combustível em relação aos 737-800 que operam pela Gol, a Webjet tinha aeronaves inviáveis do ponto de vista econômico, considerando que o atual preço do combustível representa 45% dos custos da aviação. Por isso, tomamos a decisão de não mais operar com esses equipamentos que compunham majoritariamente a frota da Webjet;, disse Kakinoff.

[SAIBAMAIS]Segundo ele, a Gol opera atualmente com 70% de sua capacidade. Com a aquisição da nova empresa, a expectativa é ampliar a capacidade para 76%. ;Isso nos permite absorver a malha da Webjet, com a nossa estrutura e frota, e mitigar parte dos custos excessivos que estão fazendo com que, em 2012, o setor tenha seu pior ano em resultado operacional e financeiro;, disse Kakinoff ao informar o prejuízo de R$ 1 bilhão no ano, registrado pela empresa.



Apesar disso, garantiu, ;temos condições de, com a estrutura da gol e sem qualquer tipo de transtorno, absorver os voos, os passageiros e também os colaboradores que eram responsáveis pelas atividades de aeroportos;, acrescentou. Segundo ele, a Gol trabalhará com uma margem de 14 pontos percentuais de capacidade ociosa a ser ocupada, para chegar a 90% da capacidade disponível. ;Não há a possibilidade de revertermos essa decisão de encerramento, uma vez que ela está ligada ao aspecto técnico de não trabalharmos com aviões com 21 anos de uso e que ; comparados aos da frota da Gol que têm, em média, seis anos de utilização ; consomem 30% a mais de combustível;, acrescentou. Ele explicou que esse tipo de gasto é ;o principal fator da composição de custo; da empresa.

Kakinoff informou que a desoneração da folha de pagamento não foi pauta da reunião com o ministro Bittencourt. ;O governo sabe do atual cenário do setor aeronáutico. São dados públicos. Essa desoneração, no caso da Gol, teria impacto positivo de aproximadamente R$ 90 milhões no ano. Simultanemamente, só os reajustes nas tarifas aeroportuárias representam aumento de R$ 140 milhões nos custos; . O efeito das duas ações combinadas, acrescentou, adiciona um custo de R$ 50 milhões para a companhia, em relação à operação deste ano.

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