Vânia Cristino/ Especial Estado de Minas
postado em 30/11/2012 06:02
Os juros no menor patamar histórico dos últimos 18 anos deveriam estar contribuindo para que os consumidores conseguissem colocar as suas contas em dia. Mas não é isso o que vem acontecendo. Segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central, enquanto a taxa para as pessoas físicas cai sistematicamente nos últimos oito meses ; batendo em 35,4% ao ano em outubro ;, a inadimplência permanece estacionada em 7,9% há pelo menos seis meses, sem dar mostras de que vai recuar.O chefe do Departamento Econômico do BC (Depec), Túlio Maciel, acredita, no entanto, que essa taxa caia até o fim do ano, porque, não apenas a queda dos juros ajuda, mas, principalmente, o ganho real de renda, da ordem de 6% no ano, é o fator preponderante. Só que Maciel vem repetindo esse mantra há pelo menos três meses, e o percentual das operações contratadas em atraso há mais de 90 dias não dá sinais de que vai sair do lugar. É certo que parou de crescer, especialmente no financiamento de veículos, que a entidade reguladora considera o vilão da história.