Economia

Medidas econômicas tomadas pelo governo são estruturais, diz Mantega

postado em 30/11/2012 16:54

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, rejeitou a crítica de que as medidas de estímulo à economia que vêm sendo adotadas pelo governo sejam paliativas e argumentou que o conjunto de ações tem efeito estrutural. Para ele, não há esgotamento do modelo de estímulos usado para impulsionar a economia brasileira.

;Achar que reduzir a taxa de juros para esse patamar é uma medida paliativa é uma piada. Isto é uma medida estrutural na economia brasileira. A redução de tributos, como nós estamos fazendo, é uma mudança estrutural. Desoneração da folha de pagamentos é uma mudança estrutural;, disse durante entrevista coletiva sobre o crescimento de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB).

Na oportunidade, ele anunciou que novas medidas de estímulo, no âmbito financeiro, devem ser anunciadas na próxima semana.

Para o ministro, essas ações do governo compõem um processo de transformação, que resultarão em uma economia mais competitiva, com custos financeiros e tributários menores, além de gerar maior oferta de infraestrutura. ;É um conjunto de medidas estruturais;, definiu.

De acordo ele, as medidas com objetivos de curto prazo são minoritárias, representadas por ações como redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos da linha branca e automóveis.



Além disso, algumas das medidas, como a desoneração da folha de pagamentos e a redução das tarifas de energia, futuramente, surtirão efeitos na economia, já que devem entrar em vigor apenas no próximo ano.

Outras ações já tomadas, por sua vez, devem demorar a apresentar resultados, como a redução da taxa de juros. ;Todo mundo sabe que ela não surte efeito imediato, exige alguns meses para fazer efeito. Isso tem sido retardado pela crise internacional, que causa uma expectativa negativa na economia internacional;, declarou.

A desvalorização do câmbio, de acordo com ele, é outro caso de medida que precisa de tempo para mostrar resultados na economia. Isso porque os exportadores já haviam realizado vendas no mercado futuro, com outro câmbio. ;Então, a economia está se adaptando a essa nova situação, muito mais estimulante para a produção. E ela já está começando a surtir efeito;, informou.

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