postado em 01/12/2012 08:01
Rio de Janeiro e Brasília ; O consumo das famílias continuou desafiando todos os demais indicadores da economia e mantendo a trajetória de alta. Favorecido pelo elevado nível de emprego e pelo aumento real da massa salarial, o gasto na compra de bens duráveis apresentou uma expansão de 3,4% no terceiro trimestre em relação a igual período do ano anterior. Foi o 36; crescimento trimestral das famílias na comparação anual. ;A demanda continua crescendo mais que a oferta disponível, também estimulada pelo crédito e pelos incentivos do governo a alguns setores;, sublinhou Rebeca Palis, gerente de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Com crescimento nominal de 13,7% no saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para pessoas físicas e salários 6,6% maiores, o consumo das famílias é um fator importante de aquecimento da economia. Mas já há sinais preocupantes no horizonte, como a inadimplência recorde e menos investimento na produção, observa Rebeca. A incapacidade de quitar os débitos também preocupa o economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fábio Bentes. Ele ressaltou que a fartura de crédito existente no mercado comprometeu o orçamento dos brasileiros, que ainda pagam compromissos assumidos anteriormente. ;O crescimento nas vendas de bens duráveis continua. Mas em ritmo menor do que o apresentado em anos anteriores;, destacou.